A luta não se aposenta. É com essa filosofia que aposentados, pensionistas e idosos lideram entidades civis, cuja bandeira principal é luta pelos direitos das pessoas acima dos 60 anos.

 

O presidente da Confederação Brasileira de Aposentados e Pensionistas (COBAP), Warley Martins, conta que começou sua atuação nos movimentos sociais muito jovem, desde que trabalhava em uma indústria, no interior de São Paulo. “Despertei para a luta dos direitos sociais muito cedo, mas nem sempre é assim. Na COBAP, por exemplo, muitos dos dirigentes só passaram a se dedicar a luta depois que se aposentaram”, conta.

 

Apesar das dificuldades que permeiam a maturidade,  entrar para o universo de lutas sociais pode motivar um significado positivo na vida dos cidadãos seniores. “Ao adentrar neste meio, as pessoas se atentam às leis, aos trâmites dos projetos no Congresso Nacional, aos direitos do idoso, participam de audiências e eventos. Tudo isso contribui para a atividade intelectual, o relacionamento com pessoas em situações em comum e um status na sociedade, que também é fator importante”, pondera Warley Martins.

 

O presidente da ABRACS, Mauro Oliveira Freitas, e o secretário geral, Jayro Gabriel Dornelles, visitaram a COBAP no último mês para tratarem sobre uma possível parceria entre as entidades. “O papel da ABRACS é mostrar para o cidadão sênior o leque de possibilidades que se apresentam nessa etapa da vida”, disse Freitas. “O importante é se (re) encontrar e permanecer ativo”, completou.