Cancelamento unilateral de planos de saúde a pessoas idosas

O caso específico de uma idosa de 102 anos, informada no início de abril que seu plano de saúde seria cancelado a partir de maio de 2024, trouxe à tona a urgência dessa discussão.

Na semana passada, o presidente da Associação Brasileira do Cidadão Sênior (ABRACS), Dr. Mauro Freitas, concedeu uma entrevista à Revista Justiça, abordando uma questão que tem gerado grande preocupação: o cancelamento unilateral de planos de saúde para pessoas idosas.

Dr. Mauro Freitas destacou que esse tipo de situação não é um caso isolado, mas sim parte de uma prática frequente, como indicam os dados da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS).

Apenas nos primeiros meses de 2024, foram registradas mais de 4.800 queixas de cancelamento de planos de saúde.

O presidente da ABRACS expressou profunda preocupação com a vulnerabilidade das pessoas idosas diante dessas decisões unilaterais das operadoras de saúde.

Ele ressaltou que muitos idosos dependem desses planos para garantir acesso a cuidados médicos essenciais e que o cancelamento repentino pode deixá-los desamparados.

Na entrevista, Dr. Mauro Freitas enfatizou a necessidade de medidas urgentes para proteger os direitos das pessoas idosas nesse contexto.

Ele instou as autoridades reguladoras a implementarem regulamentações mais rigorosas que limitem a capacidade das operadoras de saúde de cancelar planos de forma arbitrária, além de defender a criação de mecanismos de apoio e assistência para os idosos afetados por essas práticas.

A entrevista do presidente da ABRACS serviu como um alerta para a gravidade da situação e ressaltou a importância de uma ação imediata por parte das autoridades e da sociedade como um todo.

É essencial que sejam adotadas medidas concretas para garantir que as pessoas idosas tenham acesso contínuo aos cuidados de saúde de que necessitam e que seus direitos sejam devidamente protegidos.

Ouça a entrevista na íntegra, clicando no player abaixo: