Segundo projeções da ONU, o número global de idosos chegará a 2 bilhões de pessoas em 2050, representando 22% dos indivíduos – marca que vai superar o número total de menores de 15 anos. No Brasil, o envelhecimento da população também é uma realidade que precisa ser debatida para gerar maior inclusão na sociedade.

Uma das questões de maior relevância diz respeito à moradia. Pensar em moradias para idosos é pensar onde mais de 50% da população brasileira vai morar. As projeções mostram que, até 2040, metade do País terá mais que 50 anos.

Os idosos querem independência e a possibilidade de tomar a decisão de morarem sozinhos ou em grupos: “Até recentemente a gente pensava que boa velhice era ir morar com os filhos. Agora as atuais gerações de idosos não querem mais ser dependentes. Quando você convive com pessoas da mesma idade, do mesmo nível de dependência, o avanço dos anos deixa de ser um problema e passa a ser uma experiência para as pessoas”, explica a Professora de Antropologia da Unicamp e autora do livro A Reinvenção da Velhice, Guita Grin Debert.

As implicações sociais, estruturais e econômicas de uma sociedade mais sênior pautaram a primeira edição do Fórum de Moradia para Longevidade, evento organizado pelo Estado em parceria com o Sindicato da Habitação (Secovi) e a Aging Free Fair, feira sobre o mercado para a terceira idade.

Todos os gargalos e possíveis soluções para a criação de modelos de moradias que atendam as necessidades do idoso foram largamente discutidos por especialistas e profissionais, da esfera público e privada, num encontro que reuniu centenas de pessoas em São Paulo.

 Fontes: Estadão