Com o aumento significativo dos casos no Brasil, ultrapassando 2,5 milhões, a preocupação com as pessoas idosas, que representam cerca de 14% dos casos, é crescente. Dos 2.573.293 casos prováveis registrados, 360.055 são de pessoas com mais de 60 anos.

A dengue é uma doença que representa um grande perigo para a população idosa. 

 

A vulnerabilidade das pessoas idosas frente à dengue é destacada pela médica infectologista Maura Salaroli, do Hospital Sírio-Libanês, em entrevista ao portal da CNN Brasil

 

Ela explica que pessoas com mais de 65 anos têm uma probabilidade maior de desenvolver formas graves da doença e de evoluir para óbito, mesmo na ausência de outras comorbidades. 

 

“Dentro da classificação de risco, esses pacientes são automaticamente categorizados no grupo B, o que exige um monitoramento mais rigoroso, incluindo a necessidade de hemogramas e, em alguns casos, acompanhamento médico diário.”

 

Existem várias razões pelas quais a dengue é mais perigosa para as pessoas idosas. O sistema imunológico enfraquecido devido ao envelhecimento é uma das principais causas. 

 

Além disso, condições pré-existentes como hipertensão, diabetes e doenças cardíacas podem agravar o quadro clínico da dengue. 

 

As complicações mais comuns que podem levar ao óbito incluem choque hemorrágico, falência múltipla de órgãos e síndromes de fuga capilar, onde o líquido escapa dos vasos sanguíneos para os tecidos circundantes, causando inchaço e queda da pressão arterial.

 

O cenário é alarmante, especialmente considerando que o número de mortes nos primeiros três meses do ano chegou a 923, aproximando-se do recorde anual de 1.016 mortes registrado em 2022. 

 

A alta taxa de mortalidade entre as pessoas idosas destaca a importância de medidas preventivas e de tratamento adequado para esta faixa etária, visando minimizar os riscos e garantir a segurança e a saúde dos mais vulneráveis.

 

Portanto, é crucial intensificar os esforços de prevenção e tratamento da dengue, com uma atenção especial às pessoas idosas, que constituem um grupo de risco significativo. 

 

A conscientização sobre a gravidade da doença e a implementação de estratégias de controle e monitoramento são essenciais para proteger essa população e reduzir os impactos severos da dengue.

 

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