O Dia Nacional de Combate às Drogas e Alcoolismo, celebrado em 20 de fevereiro, tem como objetivo conscientizar sobre os efeitos negativos do uso de substâncias ilícitas e do álcool. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a dependência química é considerada uma doença e representa um problema de saúde pública em todo o mundo.
No caso da população idosa, o desenvolvimento da dependência química frequentemente está relacionado a fatores psicológicos.
O processo de envelhecimento pode trazer diversas dificuldades, como a perda de entes queridos, a diminuição do poder econômico após a aposentadoria e o isolamento social, que podem levar alguns idosos a buscar escape no uso de substâncias químicas.
Uma pesquisa realizada pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) revelou que aproximadamente 1 em cada 10 brasileiros com mais de 60 anos faz uso abusivo de álcool.
Esse padrão de consumo pode não apenas afetar negativamente a saúde física e mental dos idosos, mas também causar tensões dentro da família e aumentar o seu isolamento social.
É importante entender que o uso abusivo de substâncias não é apenas um problema de comportamento, mas sim uma condição de saúde que requer intervenção e apoio adequados.
O diálogo aberto com familiares e profissionais de saúde desempenha um papel crucial na identificação precoce e no tratamento desse problema.
Profissionais de saúde estão disponíveis para oferecer orientação e suporte aos idosos que enfrentam desafios relacionados ao uso de substâncias.
O tratamento pode variar dependendo das necessidades individuais de cada pessoa, e incluir abordagens como aconselhamento, terapia e suporte medicamentoso, quando necessário.
Aqui está uma lista de sinais que podem indicar que o uso de substâncias está se tornando um problema para uma pessoa idosa:
- Mudanças comportamentais significativas, como irritabilidade, agitação ou retraimento social.
- Aumento do consumo de álcool ou uso de drogas em momentos inapropriados, como pela manhã ou durante atividades sociais.
- Negligência em relação à higiene pessoal, cuidados médicos ou responsabilidades financeiras.
- Problemas de saúde física ou mental que podem estar relacionados ao uso de substâncias, como dificuldades de memória, problemas de sono ou deterioração da saúde geral.
- Isolamento social ou afastamento de atividades e relacionamentos que antes eram importantes para a pessoa.
- Mudanças repentinas nos hábitos alimentares, de sono ou de interesse por atividades anteriormente apreciadas.
- Negligência com a medicação prescrita, incluindo doses incorretas ou interações perigosas com álcool ou outras drogas.
É fundamental lembrar que buscar ajuda não é um sinal de fraqueza, mas sim um passo importante em direção à recuperação e à melhoria da qualidade de vida.
E se você observar alguns desses sinais em um idoso conhecido, é importante buscar ajuda profissional. Recomenda-se entrar em contato com um médico, psicólogo, assistente social ou outro profissional de saúde qualificado para avaliar a situação e fornecer orientação sobre os próximos passos a serem seguidos.
Quanto mais cedo o problema for identificado e tratado, maiores serão as chances de uma recuperação bem-sucedida e uma melhoria na qualidade de vida da pessoa idosa.
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