O “Setembro Amarelo” é uma campanha de conscientização sobre a prevenção do suicídio que ocorre anualmente em setembro. A campanha tem como objetivo principal aumentar a conscientização, reduzir o estigma associado a problemas de saúde mental e promover recursos e apoio para pessoas que estão em situação de risco.

 

O suicídio é um ato trágico e complexo em que uma pessoa tira a própria vida. É um problema de saúde pública global que afeta indivíduos de todas as idades, raças, etnias e origens socioeconômicas. 

 

Existem diversas razões pelas quais alguém pode considerar o suicídio, e geralmente é resultado de uma combinação de fatores, dentre eles os mais comuns são a depressão, o isolamento social e problemas financeiros.

 

De acordo com a Pesquisa Vigitel 2021, um dos mais amplos inquéritos de saúde do país, em média, 11,3% dos brasileiros foram diagnosticados com depressão.

Já o Boletim de Saúde Mental do Governo mostra o resultado de um levantamento realizado em 2019, onde os idosos entre 60 e 64 anos representavam a faixa etária proporcionalmente mais afetada pela doença: 13,2%.

 

E porque para a pessoa idosa é mais difícil lidar com a depressão?

 

A depressão pode ser mais desafiadora para pessoas idosas por uma série de razões, embora seja importante lembrar que cada indivíduo é único e pode ter experiências diferentes. 

 

Alguns dos fatores que tornam a depressão mais complexa para pessoas idosas incluem:

 

  1. Estigma e falta de compreensão: Em muitas culturas, existe um estigma em torno da saúde mental, o que pode fazer com que as pessoas idosas relutem em procurar ajuda ou falar sobre seus sentimentos depressivos. Além disso, a falta de compreensão sobre a depressão por parte de familiares e amigos pode levar a um isolamento social maior.

 

  1. Múltiplas perdas: Com a idade, as pessoas podem enfrentar várias perdas, como a morte de entes queridos, amigos, parceiros ou aposentadoria. Essas perdas podem desencadear ou agravar a depressão.

 

  1. Problemas de saúde: Muitas vezes, os idosos enfrentam problemas de saúde crônicos, dor crônica e limitações físicas, o que pode aumentar o risco de depressão. Além disso, alguns medicamentos podem ter efeitos colaterais que afetam o estado de ânimo.

 

  1. Solidão e isolamento social: À medida que envelhecem, as pessoas podem se tornar mais isoladas devido a limitações de mobilidade, perda de amigos e familiares e aposentadoria. A solidão e o isolamento social são fatores de risco conhecidos para a depressão.

 

  1. Mudanças cognitivas: Problemas cognitivos leves ou demência podem afetar a capacidade de uma pessoa idosa de compreender ou comunicar seus sentimentos, tornando a detecção da depressão mais desafiadora.

 

  1. Resistência à busca de ajuda: Algumas pessoas mais velhas podem acreditar erroneamente que a depressão é uma parte inevitável do envelhecimento e não buscar tratamento adequado.

 

  1. Estresse financeiro: Questões financeiras, como aposentadoria inadequada ou preocupações sobre cuidados de longo prazo, podem contribuir para o estresse e a depressão.

 

  1. Falta de atividades significativas: A perda de papéis sociais e atividades significativas na aposentadoria pode levar à sensação de falta de propósito, o que é um fator de risco para a depressão.

 

É importante destacar que a depressão em pessoas idosas é tratável, e o apoio adequado, como terapia psicológica, medicação (quando apropriado) e uma rede de apoio social, pode ser eficaz. Reconhecer os sinais de depressão em pessoas idosas e buscar ajuda profissional é fundamental para melhorar sua qualidade de vida e bem-estar emocional.

 

Se você ou alguém que você conhece estiver enfrentando pensamentos suicidas, é importante buscar ajuda imediatamente. 

 

👉 Ligue para o Centro de Valorização da Vida, através do número 188.

Ou procure um profissional de saúde mental. 

 

O suicídio é prevenível, e o apoio adequado pode fazer a diferença na vida de alguém que está lutando contra esses sentimentos.

 

Fonte: Gov.Br 

 

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