É importante ficar mais atento no período das festas, com a alimentação e o comportamento, especialmente dos idosos. O  médico geriatra, Otávio Castello, forneceu algumas dicas em entrevista à  Rádio Nacional de Brasília.

As ceias que, normalmente, têm um teor de gordura mais elevado podem ser servidas mais cedo por exemplo, para que se evite ir dormir logo em seguida, sem antes ter feito a digestão corretamente. Isso garante um sono melhor.

O mesmo vale para as bebidas alcoólicas, geralmente, muito consumidas nesse período do ano. Deve-se beber com moderação, principalmente aqueles idosos que já sofrem de doenças crônicas como a diabete, pressão alta, doenças renais. Para eles o exagero na alimentação e na bebida será, proporcionalmente, mais danoso do que para os demais.
É importante também evitar longos períodos sem se alimentar, se a ceia for ser servida mais tarde do que o horário que se está habituado, faça um lanche no meio do caminho, principalmente se prcisar tomar medicamentos a noite.

Os idosos que necessitam de um grau maior de cuidado, como, por exemplo, os portadores de doença de Alzheimer mais avançada, devem ser observados com bastante atenção nesse período de comemorações. Muitas vezes, a “bagunça” da festa nem sempre é entendida por ele, que pode ficar alheio, atordoado e muitas vezes até sofrendo no meio dessa situação. Se você sentir que esse idoso está desconfortável, agitado e agoniado, o ideal é que ele possa repousar.

O importante é observar se o idoso está usufruindo dos festejos, se o momento está prazeroso e, se estiver, deixe que ele fique até a hora que quiser. Isso só vai lhe fazer bem.

Para as pessoas que têm restrição alimentar, mesmo as que não são idosas, o ideal é que tenham opções de alimentos que não prejudiquem sua saúde. “Não devemos oferecer um pudim de leite condensado para um diabético ou bebida alcoólica para aqueles que têm problema com a bebida. Não favoreça nem incentive que as pessoas façam coisas que não lhe farão bem”, afirma o médico.

O aspecto emocional também deve ser observado. “Nessa época do ano, normalmente, as famílias costumam se reunir, mas nem todo mundo tem aquela família de comercial de TV, unida, perfeita e feliz. A maioria das famílias tem os seus problemas e, nesse momento, é comum que as desavenças apareçam”, afirma o dr. Otávio. É importante lembrar que, a despeito dos festejos de fim de ano ser um momento de comemoração, muitas pessoas se sentem solitárias, ficam tristes, se sentem infelizes e deprimidas.

É hora de exercitar valores como o amor ao próximo e a solidariedade. Tempo de ser afetivo com as pessoas, de dar um pouco mais de si, de cuidar do outro.

Fonte – Rádio Nacional de Brasília, curso da vida